2 de jul. de 2011

Sem acordo entre atletas e franquias, direção da NBA anuncia greve

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David Stern, que é o Comissário da NBA, fala sobre a decisão de liga de basquete em anunciar a greve 

Depois de mais uma tentativa frustrada de acordo entre a direção da NBA e a Associação Nacional de Jogadores de Basquete (NBPA, em inglês), a principal liga de basquete do mundo entrará em greve oficialmente nesta sexta-feira, quando termina o compromisso atual entre as partes. Assim, o campeonato previsto para começar em outubro corre risco de não acontecer.

Esta é a segunda vez na história que a NBA é paralisada. A primeira foi na temporada 1998/99, quando um acordo tardio permitiu que o campeonato fosse disputado pela metade. "Nós tentamos evitar a greve. Infelizmente, não chegamos a um acordo", disse o jogador Matt Bonner, que é um dos membros do sindicato dos atletas.

Com a decisão, nenhum jogador participará de eventos de seus respectivos times ou da NBA enquanto não houver um acordo entre as partes. Ninguém também poderá entrar em quadra - os primeiros compromissos seriam na pré-temporada, marcada para o fim de setembro. Se um acordo demorar a acontecer, a temporada 2010/11 pode conter apenas 50 dos 82 jogos agendados, como acontecera em 99, quando o campeão foi o San Antonio Spurs.

Os donos das franquias, por intermédio da NBA, pediram uma readequação salarial por conta da crise econômica que assola os Estados Unidos. Eles querem que a folha salarial, hoje de no máximo US$ 58 milhões (aproximadamente R$ 90,5 milhões), suba para US$ 62 milhões (R$ 96,7 milhões) pelos próximos 10 anos, tempo que seria do novo acordo coletivo.

Apesar do aumento no limite da folha salarial, as equipes economizariam quase US$ 200 milhões (R$ 312 milhões) por temporada, já que acreditam na recuperação econômica do país durante o período em que o contrato estaria em vigor, quando não teriam a necessidade de reajustar a folha salarial. Além disso, os jogadores teriam menor tempo de contrato (hoje o limite é de sete anos) e perderiam algumas garantias financeiras em trocas para outras equipes.

Já o sindicato propôs um corte nos salários de US$ 500 milhões (R$ 780 milhões) pelos próximos cinco anos (não 10, como as equipes querem), o que faria com que a economia fosse menor para as franquias, na casa dos US$ 100 milhões (R$ 156 milhões).

De acordo com a NBA, a decisão de tal corte é vital para que a liga continue a funcionar, já que 22 das 30 franquias tiveram déficit por mais uma temporada. A NBPA diz que apenas 10 times estão em situação financeira delicada. "Nós já esperávamos por isso. A greve chegou e vamos negociar em busca de uma solução", disse o presidente do sindicato, Billy Hunter.

Além da NBA, a NFL, a liga mais forte dos Estados Unidos, também está travada por falta de um acordo entre donos de equipes e jogadores. Só que a situação da liga de futebol americano é ainda pior, já que a temporada está agendada para começar em setembro e, até o momento, não teve um acordo para a assinatura de um novo contrato.

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