A vinda do armador All-Star e titular da Seleção Norte-americana Jason Kidd para o Dallas Mavericks gerou uma enorme “novela”. Havia o interesse de ambas as partes na negociação, tanto do super-armador quanto da direção do Mavericks, mas nas duas primeiras tentativas a negociação esbarrou em pequenos obstáculos, sendo concretizada apenas na terceira vez. Caminhando de mãos dadas com todo esse imbróglio estava a polêmica causada pela vinda de Kidd. A torcida estava dividida, pois enquanto muitos queriam ver Jason Kidd jogando novamente com a camisa do Dallas Mavericks, outros, por sua vez, sentiam que a perda de Devin Harris seria desastrosa para o futuro da franquia, pois ele era a nossa maior esperança para um futuro próspero. Pois bem, sob vaias e aplausos a negociação acabou saindo. Kidd chegou ao Mavs com status de super-astro, sendo que a sua companhia à equipe a qual já tinha Josh Howard e o atual MVP da liga, o alemão Dirk Nowitzki, estaria representando a formação de um novo “big-three”.
Treinando apenas em uma única oportunidade com os seus novos companheiros, Jason Kidd já teve a sua estréia no dia seguinte, num jogo dificílimo contra o New Orleans Hornets, fora de casa. Sofrendo muito para conter os avanços do grande armador Chris Paul, Kidd era constantemente sacado da equipe. Quando estava em quadra, andava com a bola, dava vários passes errados (inclusive um para Brandon Bass onde este estava passando por fora da quadra), mostrando uma falta de sincronia enorme. O resultado foi uma derrota incontestável. O mau resultado foi o bastante para algumas críticas e dúvidas começarem a pairar pelo ar: será que Kidd será o mesmo? Será que deram muito para tê-lo? O que será da equipe sem Harris?
Todavia, esses fantasmas com certeza foram exorcizados no jogo de ontem, contra o Memphis Grizzlies. Kidd começou a mostrar certo entrosamento com a equipe, errou pouquíssimas bolas, deu 15 assistências e mostrou que será a grande arma do Dallas Mavericks nos playoffs. O armador acelera o jogo da equipe de uma forma espetacular. Os contra-ataques são fulminantes, os passes dele sempre pegam os adversários de “calças baixas” e o melhor, ele chuta pouco, não tem preocupação de pontuar, completamente diferente do Harris, que na afobação de fazer a cesta, acabava infiltrando e tentando lances de costa-a-costa que nem sempre davam certo. Um verdadeiro Maestro. E o que dizer da grande dupla que está em formação, Kidd e Nowitzki? O alemão está gostando de tê-lo na equipe, facilita muito o jogo dele. Agora ele não precisa cruzar o perímetro fazendo corta-luz pra todo mundo. Kidd não precisa disso. Então Dirk fica ali no garrafão, ou até mesmo na zona morta, esperando um passe do maestro para pontuar. O jogo dele tem evoluído demais, e um dos grandes responsáveis sem dúvidas atende pelo nome de Jason Kidd.
Ele pode estar velho, cansado, careca, mas nunca se pode colocar a prova a qualidade técnica de um dos melhores armadores que já passaram pela NBA. O casamento entre Kidd e Mavericks tem tudo para dar certo, e todos nós desejamos que esse casamento acabe com um presente: o título.
23 de fev. de 2008
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