Gerald Green, um ala de 2m04 e 22 anos, não deveria estar disputando as Ligas de Verão com o Dallas Mavericks. Quando foi draftado na 18ª escolha do Draft de 2005 vindo da Academia Gulf Shores de Houston, muito se esperava de Green. Ele se tornou uma peça da rotação do Celtics rápido, com uma boa média de 10,4 pontos por jogo. Em 2007, Green finalmente entrava no cenário da NBA, com o título do Campeonato de Enterradas.
Mas veio a troca de Kevin Garnett e a carreira de Green foi ladeira abaixo. Ele durou apenas 29 jogos com o Minnesota Timberwolves, sendo dispensado no decorrer da temporada 2007-08. O Houston Rockets, equipe de sua cidade natal, contratou-o, mas Green novamente foi cortado, já que o Rockets procurava pivôs para os playoffs.
Veio Junho e o Dallas Mavericks ofereceu ao jovem uma chance de colocar sua carreira nos trilhos novamente com um contrato de um ano. O risco é baixo, mas os ganhos podem ser muitos, tanto para Green quanto para o Mavs. "Ele quer ser um jogador dessa Liga por muito tempo. Ele sabe que coisas terá que fazer para isso", disse o técnico Rick Carlisle. A entrevista a seguir foi publicada no site oficial do Mavs.
Sua maturidade já foi questionada por muitas pessoas.
Green: Eu acho que eu não aproveitei a minha oportunidade. Por exemplo, Brandon Bass. Ele aproveitou a oportunidade que teve e fez um trabalho excelente. No meu primeiro ano, outro jogador foi o Monta Ellis. Isso é o que eu quero fazer, quero aproveitar a minha oportunidade e fazer o melhor que posso. Não é necessariamente dominar um jogo, mas fazer as pequenas coisas, de modo que o técnico possa confiar
O tempo está acabando para Gerald Green?
Green: O tempo não espera por nenhum homem, e eu não sei quanto tempo eu tenho ainda. Eu aprendi e amadureci muito. Eu estou tão pronto e dedicado ao Mavs que é incrível.
Você duvidava que tivesse outra chance?
Green: Não, eu estava confiante que teria uma nova chance. Eu só estou dando um passo de cada vez, dia a dia. Eu estou tentando melhorar e isso é tudo que posso fazer.
Mario Elie (assistente técnico de Carlisle) teve algo a ver com sua vinda para Dallas?
Green: Mario e eu temos uma boa relação. Eu não sei se ele teve alguma influência na minha vinda para aqui. Eu adoro o estilo do jogo, sou fã de Jason Kidd, tenho familiares em Dallas e Mario Elie é um grande técnico. Tudo aqui faz disso uma excelente situação, e eu não podia deixar isso passar.
O que você traz para o time?
Green: Um jogo atlético, habilidade no arremesso, energia e raça, muita raça. Não estou aqui para fazer algo que não devo fazer. Estou aqui para escutar e aprender, escutar caras como Josh Howard, Dirk Nowitzki, Jason Kidd, Jason Terry, Técnico Carlisle, os assistentes técnicos. Só quero melhorar.
O que Carlisle disse quando você assinou?
Green: Ele disse que isso será um processo. Ele disse que sente que pode trazer o melhor de mim. Se eu escutar e prestar atenção ao que ele diz e colocar o meu esforço e dedicação na quadra, eu devo ficar bem.
Você aceitou menos dinheiro para estar aqui.
Green: Eu acredito que esta é a melhor situação para mim. Às vezes não é somente pelo dinheiro, às vezes é sobre a melhor situação, na qual você se enquadra melhor. Isso é o que eu senti que deveria fazer.
Por que você se encaixa aqui?
Green: Obviamente, Jason Kidd é o melhor armador com quem já joguei. Eu nunca joguei com um outro armador do calibre dele. Só isso já é excelente. E ter caras como Dirk Nowitzki e Josh Howard aqui para ajudar a me desenvolver, eu vou prestar atenção a tudo que eles disserem. Eu estou tão disposto a aprender que parece loucura. Estou muito ansioso e pronto para trabalhar.
Fale sobre a temporada que você teve em Boston.
Green: Eu sinto que não aproveitei minha oportunidade. Eu me culpo (por isso), não culpo ninguém mais. Não quero culpar os outros times que estive. Eu me culpo. Isso é o início de tudo. Não quero olhar para ninguém mais. Eu olho no espelho e olho pra mim mesmo e vejo como eu mudei e como sou um novo cara, pronto para trabalhar.
Por que você está jogando as Ligas de Verão?
Green: A vantagem é que quando os treinamentos começarem eu já conhecerei todas as jogadas, conhecerei os técnicos e vou ter uma boa relação com a comissão técnica, os funcionários e os jogadores. Quando fui para Minnesota, eu conhecia cinco jogadores, mas não conhecia o time todo, não conhecia os técnicos, então é isso que eu quero fazer. Estou vindo cedo para trabalhar aqui e começar uma boa relação com os técnicos e jogadores e que eles me conheçam como uma pessoa, tanto dentro quanto fora de quadra. Só estou tentando começar mais cedo.
