17 de abr. de 2008

Análise (2) New Orleans Hornets x (7) Dallas Mavericks

3 comentários
Com os playoffs mais perto do que nunca, o MavsCenter traz uma análise posição por posição dos adversários que o Mavs enfrentar na pós-temporada. Começaremos, obviamente, pelo New Orleans Hornets.

Armador principal: Chris Paul x Jason Kidd

O grande responsável pelo fato do New Orleans Hornets ter conseguido o título da divisão Sudoeste e a segunda posição nos playoffs é o armador Chris Paul. Escolhido na quarta posição do draft de 2005, o produto de Wake Forest foi eleito Novato do Ano na temporada 2005-06, sofreu com lesões durante a temporada 06-07 e, neste ano, fez o improvável pulo para o super-estrelato. Suas impressionantes médias de 21,1 pontos, 4 rebotes, 11,6 assistências e 2,3 roubos levaram Paul a ser cogitado como MVP já em sua terceira temporada na liga. Sua impressionante marca de assistências fez com que o duas-vezes MVP Steve Nash fosse o primeiro armador em mais de uma década e meia a ter média de pelo menos 11 passes certeiros e não liderar a categoria.

Jason Kidd, por sua vez, vive com altos e baixos em sua segunda passagem pelo Dallas Mavericks. Adquirido no meio da temporada via troca com o New Jersey Nets, Kidd sofreu para marcar Paul logo em seu primeiro jogo, com o armador do Hornets totalizando 31 pontos, 11 assistências e 9 roubos. Dois meses depois, no entanto, foi a vez de Kidd dar o "troco" no jovem, com o seu centésimo triplo duplo: 27 pontos, 10 rebotes e 10 assistências. Agora, mais acostumado com seus companheiros e seu esquema de jogo, Kidd tem tudo para fazer um excelente combate com Paul. A juventude e destreza do nº 3, no entanto, deve provar ser o grande diferencial.

Vantagem: Hornets

Alas - armadores: Morris Peterson x Jerry Stackhouse

Peterson trocou o frio de Toronto pelas festas de New Orleans em julho passado, mas pelo visto sua boa fase preferiu ficar no Canadá. Titular em todos os 76 jogos que disputou pelos Hornets, Mo-Pete teve médias piores que em seu último ano no Raptors, quando começou jogando apenas 12 vezes. Em 2007-08, o canhoto vindo de Michigan State teve médias de 8 pontos e 2,7 rebotes em 23,6 minutos. Na temporada anterior, em 2,3 minutos a menos, Peterson marcou 8,8 pontos e pegou 3,3 rebotes.

Já Stackhouse viveu uma verdadeira montanha russa nesta temporada. Começou a temporada como sétimo homem da rotação, passou à ser o sexto, titular, de volta ao banco e agora se encontra na equipe titular. O sobe-e-desce também foi refletido em suas performances em quadra. Alternando bons jogos com outros péssimos, Stack teve sua pior temporada estatísticamente, com apenas 10,7 pontos, 2,3 rebotes e 2,5 assistências.

Comparando as médias, Stackhouse leva a melhor para cima de Peterson. Se formos pensar na capacidade para mudar o rumo de um jogo então, fica clara a vantagem do destro em cima do canhoto.

Vantagem: Mavericks

Ala:
Peja Stojakovic x Josh Howard

O sérvio Stojakovic já foi considerado um dos melhores pontuadores da Liga, mas sucessivas lesões e trocas de time fizeram com que o europeu fosse "esquecido". No Hornets, sua primeira temporada foi repleta de lesões, limitando o sérvio a apenas 13 jogos. Em 2008, Stojakovic contou com um Chris Paul inspirado e nenhum lesão para impedí-lo, terminando com médias de 16,4 pontos e 4,2 rebotes, acertando 44,1% de seus arremessos para 3, sua melhor marca na carreira.

Para a infelicidade de Stojakovic, ele irá enfrentar um dos melhores alas da liga, Josh Howard. O jovem produto de Wake Forest está na sua melhor temporada: 19,9 pontos, 7 rebotes, 2,2 assistências. Depois de um período ruim logo após a chegada de Jason Kidd na equipe, Howard voltou a jogar o seu bom basquete, ainda que com alguns entreveros. A temporada 2007-08 marcou a pior taxa de aproveitamento de arremessos do ala desde seu primeiro ano, apenas 45,5%. Seu aproveitamento detrás do arco também caiu, apenas 31,9%, sua terceira pior marca em 5 anos na liga. Os lances livres, no entanto, não seguiram a tendência - 81,3% de acertos, sua segunda melhor marca.

Vantagem: Mavericks

Ala-pivô:
David West x Dirk Nowitzki

Se o confronto entre Paul e Kidd é o principal, este é o principal-2. West começou sua carreira como um "tweener", um ala-pivô considerado muito baixo para ser pivô e muito pesado para ser ala. Hoje, após 5 temporadas na NBA, D-West é um dos jovens talentos na posição, com inclusive uma participação no All-Star Game deste ano. Seus 20,6 pontos, 8,9 rebotes e 2,3 assistências são batidos apenas por poucos alas na Liga e seu jogo de "pick-n-roll" com Paul é um dos mais eficientes já vistos. Um aspecto do jogo de West que chama a atenção é como ele, ao invés de muitos alas-pivôs e pivôs da liga, se afastou da linha de 3 pontos para se aventurar debaixo da cesta (e com muito sucesso). Em seu quarto ano, West jogou em 52 partidas e chutou 25 bolas para 3, acertando apenas 8 (32%). Neste ano, em 76 jogos, ele chutou as mesmas 25 bolas, acertando 6 - um aproveitamento de 24%. Apesar do número não ter mudado muito, em 06-07, ele tentou 0,48 arremesso para 3 pontos. Nesta temporada, este número caiu para 0,32, mostrando que West está tendo muito sucesso no seu jogo de garrafão.

Mas, se há um ala que pode bater os números de West, este é Dirk Nowitzki. O MVP da temporada 2006-07 começou a nova (agora velha) jornada de maneira irreconhecível, com médias abaixo das normais. Veio fevereiro e, com a troca que trouxe Kidd para Dallas, Nowitzki recuperou o seu "instinto matador". O mês foi o melhor do alemão na temporada. Em 14 jogos ele teve médias de 26,6 pontos, 8,9 rebotes e 3,9 assistências. No mês seguinte, Nowitzki foi ainda mais efetivo, com 24,1 pontos, 9,3 rebotes e 2,5 assistências em 10 jogos, acertando 47,6% de seus arremessos de campo e 45,5% de seus chutes para 3 pontos. Suas médias de 23,6 pontos, 8,6 rebotes e 3,5 assistências escondem a boa fase pela qual o europeu vem passando após o All-Star Game.

Vantagem: Mavericks

Pivô:
Tyson Chandler x Erick Dampier

A maior diferença entre os jogadores acontece aqui. Chandler, quando foi trocado pelo Bulls para o Hornets, era apenas um bom reserva. Ao ser apresentado aos passes e à visão de jogo de Paul, ele se tornou um bom titular. A temporada 2007-08 marcou a primeira vez em que o jogador, ex-Dominguez HS, manteve média de duplo-duplo: 11,8 pontos e 11,7 rebotes. Foi a melhor marca de Chandler no ataque e a segunda melhor nos rebotes. Graças ao grande número de enterradas e bandeijas, o pivô do Hornets teve um excelente aproveitamento em seus chutes, acertando 62,3%, 0,1% a menos que na temporada passada.

A eficiência de Chandler, no entanto, está anos-luz à frente da produção de Dampier para o Dallas. Muito criticado durante toda sua carreira nos Mavs, o pivô não chama a atenção nos números (6,1 pontos, 7,5 rebotes e 1,5 toco), mas a presença de Damp no garrafão libera e muito Nowitzki para atacar a cesta com mais liberdade. Ainda assim, a temporada foi marcada mais pelos jogos ruins de Dampier do que pelos bons. Mas, quando ele jogou bem, o Mavs sempre foi bem.

Vantagem: Hornets

Técnico:
Byron Scott x Avery Johnson

Dois ex-jogadores com carreiras bem diferentes. Scott foi um membro do Showtime Lakers dos anos 80, possivelmente o elenco mais famoso da história da NBA, liderado por Earvin "Magic" Johnson, Kareem Abdul-Jabbar e James Worthy. Com o time californiano, Scott foi campeão 3 vezes da NBA, além de ter sido eleito para o Time de Novatos da temporada 1983-84. Como técnico, sua carreira alterna altos e baixos. Começou com o Sacramento Kings em 1998, conferindo àquele time um chute de 3 pontos mortal. Após duas temporadas, foi contratado pelo New Jersey Nets em 2000. Do outro lado do país, ele levou o Nets para duas Finais (02 e 03), perdendo as duas. A temporada seguinte (2003-04) foi marcada pelo início ruim da equipe, o que culminou com a demissão de Scott. Para a temporada 2004-05, Scott novamente foi para um time em crise, o New Orleans Hornets. Após 4 temporadas à frente do time, Scott se vê como um dos principais candidatos ao prêmio de Técnico do Ano.

Já Johnson obteve mais glórias como treinador do que como jogador. A imagem de AJ dentro das quadras sempre será associada ao San Antonio Spurs, equipe que ele defendeu entre 1991 e 1993 e de 1994 até 2001. Johnson é lembrado por ter acertado o arremesso que deu aos Spurs o seu primeiro título, em 1999. Como técnico, Johnson começou como assistente de Don Nelson no Dallas Mavericks em 2004-05. Perto do final da temporada, no entanto, Nelson saiu do cargo, deixando o ex-armador no comando. Nos seus primeiros 82 jogos (1 temporada completa), Johnson atingiu 66 vitórias, quebrando o recorde de maior número de jogos ganhos por um treinador logo em sua primeira temporada. Em 2006, sua primeira temporada inteira no comando do time, o técnico já foi premiado como o Técnico do Ano. Na temporada seguinte, o Mavs ainda quebrou o recorde da franquia de vitórias em uma temporada só, com 67 vitórias e 15 derrotas, mas eventualmente perdeu para o Golden State Warriors na primeira rodada dos playoffs. Johnson foi o técnico que atingiu mais rapidamente as marcas de 100 e 150 vitórias na carreira.

Vantagem: Mavericks

3 Responses so far.

  1. Unknown says:
    Este comentário foi removido pelo autor.
  2. Unknown says:

    Realmente estamos com a vantagem nesse primeiro duelo, e mais uma vez pegamos uma zebra...nos resta saber se os jogadores do Mavs jah estao prontos para enfrentar o New Orleans que apresenta uma "temporada meteórica", surgiu rápido e pode cair rápido.

  3. Anônimo says:
    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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